Caruru é um prato típico baiano feito à base de quiabo. E tanto quanto quiabo, o que mais teve no VIII Caruru da Diversidade, no sábado 10, foram ativismo, 'fora-temerismo' e animação.
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Promovido pelo Grupo Gay das Residências (GGR), da UFBA, o evento tornou-se o esquenta extraoficial das paradas LGBT da Bahia, e tem a capacidade de reunir estudantes, ativistas, artistas e personalidades da cena arco-íris de Salvador.
A comida, dada pela organização, é apenas um dos atrativos. Feito na área externa da Residência Universitária I, que ocupa casarão na Avenida Sete de Setembro, a festa teve shows de música, performances e homenagens.
Como é tradição, foram entregues troféus a personalidades que contribuíram com a causa LGBT ao longo do ano.
Dentre os agraciados estiveram Milena Passos, nome importante do ativismo trans no Estado, a fotógrafa Andréa Magnoni, o bar Âncora do Marujo, e o produtor cultural Thiago Romero, responsável pelo Beco Ocupado, que movimentou o Beco dos Artistas.
Um pioneiro também foi lembrado. Jefferson Santos do Socorro recebeu a condecoração por ter sido o primeiro presidente do GGR.
"Já cortei muito quiabo para fazer caruru. Vendo como está hoje, esse boom, fico muito feliz. E em lembrar que o grupo começou depois de um aluno ter sido rejeitado em um quarto por ser homossexual. Mas a luta continua."
E o que mais houve foram bocas para comer caruru, e, sem essa ocupação, gritar "Fora, Temer". E beijar também, porque tesão também é revolução!