Um dos pioneiros no ativismo LGBT do Brasil e fundador do histórico Grupo Gay da Bahia (GGB) 40 anos atrás, Luiz Mott revelou estar com câncer.
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O antrópologo e ativista contou que descobriu câncer de próstata em exame de rotina. Notícia péssima, ele declara, justamente no Novembro Azul, mês dedicado à prevenção da doença.
Aos 74 anos, Mott segue a recomendação médica internacional que sugere a todos os homens com mais de 50 anos se submeterem anualmente a exame de toque retal.
"Fui diagnosticado com 'hiperplasia prostática benigna', isto é, a glândula produtora do esperma, que é do tamanho de uma noz, aumentou de tamanho, e por pressionar a bexiga, provoca vontade frequente de urinar, sobretudo à noite", explicou o ativista em artigo nos jornais A Tarde e Correio da Bahia, no domingo 8.
"A descoberta de ter câncer é sempre traumática", conta Mott. "Tive duas irmãs, uma mais velha e outra mais jovem, que morreram de câncer, no pulmão e mediastino. Nenhum caso de câncer prostático na família."
Em conversa com o irmão, médico, o ativista diz que ficou sabendo que câncer de tireóide e de próstata são os mais fáceis de se extirpar. Seu caso está no início e não apresenta metástase.
A ele foram apresentadas duas soluções: dezenas de sessões de radioterapia ou cirurgia. Fala-se sempre que a retirada do órgão, no entanto, deixa os homens com incontinência urinária.
Mott afirma que este era seu maior medo, mas que foi informado que em apenas 3% a 5% dos casos resulta em incontinência persistente a ponto de necessitar de fralda geriátrica.
"Em último caso, descobri que exite nas farmácias uma espécie de modess masculino... Viva!", comemora, com seu bom humor habitual.
O ativista avisa que os próximos passos são agendar a cirurgia, realizar exames e resolver burocracia com plano de saúde, que não cobre integralmente a operação.