Quantos olham o relógio suíço a cada 10 minutos para exibi-lo? E aquelas que investem no decote para que a joia de alguns poucos milhares de reais ganhe atenção? Ah, se soubessem que bastaria o paulista Miguel Rossi Junior tirar a camista ou ficar de sunga e desbancar todos! Como? Ao mostrar suas tatuagens que, somadas, passam de R$ 40 mil!
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E cada vez mais pessoas sabem disso e admiram Miguel, mais conhecido como Bruxo Oficial no Instagram.
Tatuados há muitos na internet, mas a harmonia dos músculos e desenhos no corpo do Bruxo o deixam mais perto de uma obra de arte.
O morador de São Carlos (a 231 Km de São Paulo) possui tantas tattoos que já perdeu a conta.
"É impossível falar. Com certeza mais de 700, 800, bem mais. Porque cada pontinho você considera uma tatuagem", contou Bruxo à nossa reportagem.
Seu corpo hoje está 95% preenchido por desenhos. A última foi feita há cinco meses na parte posterior da orelha. Sem tattoos, ficaram apenas o rosto, as palmas das mãos e as plantas dos pés.
E no órgão sexual? "Eu deixo sempre a galera na dúvida. Eu gosto de deixar as pessoas com a curiosidade", despista o bonitão, que é formado em Direito e estuda para concursos.
As mais doloridas, diz Bruxo, foram nas costelas.
E como começou essa atração por tatuagens? A primeira, no ombro, foi feita há cerca de 12 anos. Algumas outras se seguiram e, então, Bruxo deu um tempo por sete anos.
"Aí minhas condições financeiras melhoraram e em dois anos e meio eu acabei fechando todo o corpo", explica.
Durante este tempo, Bruxo pulava apenas uma semana entre uma tattoo e outra. Mal uma cicatrizava e ele já fazia outra. Foram tantas consecutivas que ele passou mal. Surgiram calafrios e febre, sinais de que sua imunidade estava baixa. Ele esperou se recuperar e retornou aos desenhos.
Algumas tattoos têm significado especial, outras entraram literalmente para preencher espaço. "Algumas eu pensava meia hora, 'o que será que cabe aqui? Aqui acho que cabe um 'paz', aqui acho que cabe uma espada'. E fui tentando fazer um gibi", conta.
De toda essa paixão pelas tattoos, vieram título de Embaixador da Tatuagem, conquistado em Florianópolis, e, claro, muitas cantadas e propostas.
"Tem muito fetiche, sim. Casais me procuram bastante, o cara que quer ver a esposa com um cara todo tatuado, do pessoal que é LGBT, também", diz.
Educadamente, ele responde a todas as inúmeras mensagens que chegam pelas redes. "Respondo a todos com educação porque ter educação com as pessoas é obrigação, não é favor."
E Bruxo considera o processo encerrado? De jeito nenhum. "Sempre vai ter um retoque numa tatuagem, colocar uma pintinha aqui, uma formiguinha lá... Também para realçar alguma tatuagem, já que a pele vai soltando. O processo de tatuagem para quem é totalmente fechado, assim como eu, nunca se encerra."
O paulista conta que pretende em três ou quatro meses - assim que a pandemia ceder - fazer retoques nas tatuagens das mãos. "Ela vai descorando, usamos muito a mão para lavar a louça, coisas da casa, acaba acontecedendo isso."
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