Morre Marina Garlen, uma das maiores artistas da noite LGBT de Salvador

Com 35 anos de carreira, ela participava de ação pelos direitos trans em São Paulo

Publicado em 31/01/2016
Morre Marina Garlen, uma das maiores artistas transexuais, travestis da noite gay de Salvador
Marina Garlen tinha 35 anos de carreira pelos palcos do Brasil e do mundo

Atualizado às 16h de 31/01/16

Uma das maiores divas da noite LGBT de Salvador partiu. Marina Garlen morreu na madrugada deste domingo 31, em São Paulo, vítima de parada respiratória e embolia pulmonar.

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Marina estava na capital paulista como convidada de ações culturais pelo Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado na sexta-feira 29. Ela passou mal no quarto de hotel onde estava hospedada, o socorro foi acionado, mas sem sucesso.

O translado do corpo para Salvador foi providenciado pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia. Segundo informações do presidente Grupo Gay da Bahia - GGB, Marcelo Cerqueira, o enterro deve ser realizado na terça-feira 2 em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador.

Cabeleireira, maquiadora e artista, Marina também foi uma grande defensora dos direitos LGBT, sobretudo das pessoas trans por meio da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a qual integrou. Ela também fez parte, por um ano, da equipe do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT Michelly Marry Gomes, em Salvador. No último dia 13, Marina anunciou, em rede social, que se desligava, após cinco anos, do movimento arco-íris "seja ele municipal, estadual ou nacional". 

Abaixo, Marina fala, ao projeto Solo Almodóvar, sobre sua vida. 

Aos 16 anos de idade, Marina saiu de casa para ganhar o mundo. Algum tempo depois, foi para a Europa, onde morou por 17 anos entre Itália e Portugal. Ao regressar ao País, trouxe bagagem cultural que lhe permitiu interpretar grandes divas internacionais no palco com propriedade e brilho únicos.

Em 2015, completou 35 anos de carreira. "Sou pessoa de dentro pra fora", escreveu a artista em depoimento para um blog em sua homenagem. "Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim. Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil... e choro também!"

Abaixo, registro da última apresentação de Marina, no dia 29, em São Paulo. 

 

Publicado por Paula D Costa em Sábado, 30 de janeiro de 2016

 


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