O coordenador de políticas para cidadania LGBT da Secretaria Municipal de Reparação de Salvador, Vida Bruno, morreu nesta terça 6 após dois meses internado em UTI.
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Ao jornal Correio, a família do historiador afirmou que a internação foi motivada para tratar sangramento de crânio decorrente de suposta agressão que ele teria sofrido em novembro de 2020.
Nessa data, Vida teve convulsão em restaurante no Campo Grande após ingerir mexilhão e relatou ter sido agredido por seguranças e responsáveis pelo estabelecimento.
Os proprietários do lugar negaram veentemente as acusações. A polícia, após ouvir testemunhas, recomendou arquivamento do caso por não ter encontrado nenhum indício de violência.
Personalidades e instituições de Salvador lamentaram a morte de Vida, que era homem trans.
A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia divulgou nota sobre o trabalho do gestor.
"Em sua trajetória, Vida Bruno lutou em defesa da população LGBTQIA+ e pela valorização e respeito à diversidade, combatendo o preconceito e intolerância de gênero."
A Secretaria de Reparação também expressou pesar.
A deputada estadual lésbica Fabíola Mansur (PSB) lembrou a atuação com Vida.
"Ele foi ex-assessor do nosso mandato, sempre foi muito atuante na defesa da causa LGBT e ajudou na construção de políticas públicas em prol do segmento. Sua luta foi necessária e jamais será esquecida."