Debate na UFBA reconhece mídia como aliada da cidadania LGBT

Evento realizado na Faculdade de Comunicação (Facom) faz parte da III Semana da Diversidade

Publicado em 18/09/2014
Constatou-se evolução do tratamento da mídia em relação a LGBT, mas há avanços ainda necessários

O nome da mesa era "A mídia como produtora de sofrimentos e homofobias". Entretanto, o debate, realizado na manhã da quinta-feira 18, no auditório da Faculdade de Comunicação da UFBA, caminhou para conclusão oposta. 

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O evento, que faz parte da III Semana da Diversidade, teve como palestrantes o antrópologo e fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB) Luiz Mott, o sócio-proprietário da Guiya Editora (que edita o Guia Gay Salvador), mestre e ativista Welton Trindade e a professora da Facom Malu Fontes. A mediação foi feita pelo professor da UFBA Maurício Tavares. 

Trindade apresentou sua dissertação de mestrado que encontrou influência muito positiva dos personagens LGBT de telenovelas na maior aceitação dos direitos LGBT. A pesquisas foi feita com 260 telespectadores de novelas em 2010. "Dos respondentes que disseram que os pais devem aceitar o filho homossexual, 27% disseram que a TV os influenciou a ter essa posição", explicou, dentre vários outros dados apresentados. 

Malu Fontes, que atualmente realiza pesquisa sobre notícias de crimes contra LGBT, colocou a necessidade de tipificar os crimes homofóbicos até como forma de pressionar a aprovação de penalidade contra os crimes de ódio. Mott explicou que há basicamente três tipos de homofobia, a individual, a cultural - que tem traços inclusive religiosos -, e a institucional, tais como  a existente na polícia. 

A plateia, que quase lotou o auditório, ampliou o debate. Kim Niederauer, do 4º semestre de Publicidade da Unifacs, se apresentou como lésbica masculinizada e reclamou que a mídia também precisa mostrar LGBT estereotipados, tais como ela. Estudante do 6º semestre de Jornalismo da UFBA, Leandro Stoffels, que já realizou estudo sobre a presença de pessoas trans na mídia, reclamou por mais personagens negros e transexuais na televisão. 


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