Sobrinha de Roberta Close, Gabrielle Gambine falou sobre a admiração que sente pela tia famosa e do caminho que vem trilhando sem precisar usar o nome de Roberta.
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"Meu contato com a Roberta me ajudou e beneficiou enquanto referência de coragem, beleza e sabedoria. Ela é um ícone fashion e uma pessoa incrível!", disse Gabrielle, que também é transexual, ao Extra.
"Ter alguém assim na minha família foi um privilégio, porque tive um exemplo de que nós, pessoas trans, podemos e somos capazes de fazer e exercer uma profissão e o que quisermos nas mais diferentes áreas, como qualquer outra pessoa."
"Nunca quis citar ou me usar disso para conseguir mídia. Acho que é importante deixar nítido que admiro e respeito demais a Roberta e que reconheço a sua história, mas quero buscar meus próprios caminhos."
Roberta hoje tem 54 anos e foi uma pioneira. Nos anos 1980, alcançou fama e fez desfiles nacionais e internacionais, comerciais, videoclipes e participações em inúmeros programas da TV aberta. A modelo também foi a primeira mulher trans a posar para a revista masculina Playboy.
Gabrielle também é modelo e tem feito trabalhos para marcas alternativas. A transição hormonal foi iniciada há um ano, mas loira já se via como mulher desde criança.
"Já me sentia como mulher e essas foram maneiras de reivindicar, materializar isso tudo. E o nome que eu escolhi, consecutivamente, veio junto disso. Primeiro, pensei em Gabrielle porque desde pequena amigos e familiares me tratavam como, Gabi, Gabs, Bibi e eu sempre gostei. Depois pensei em Maria porque quis homenagear minhas duas avós e minha mãe, já que elas têm Maria no nome. Então, Gabrielle Maria foi o nome que escolhi para impor o respeito e a forma feminina que quero e espero ser tratada."