Morreu de covid-19 o professor universitário Álvaro Alberto de Araújo, de 52 anos. Ele era primo do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).
Álvaro estava internado há 28 dias no Hospital Baía Sul, em Florianópolis, e faleceu na quinta-feira 6.
O professor havia se mudado de Aracaju, em 6 de abril, para viver na capital catarinense com o namorado, o ex-atleta Rafael Nunes Carvalho.
Em Sergipe, Álvaro atuava como professor há 15 anos no Departamento de Tecnologia de Alimentos (DTA) da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
"Antes, nos revezávamos. Ele ficava um pouco aqui [Florianópolis], e eu ficava um pouco em Aracaju. Agora ele ia morar definitivamente aqui. O Álvaro veio até com as roupas de inverno, para o frio. Nós íamos nos casar”, contou Rafael ao site ND+.
Rafael é natural de Araranguá, no sul de Santa Catarina, e mora em Florianópolis.
Apenas três dias depois de chegar, Álvaro começou a sentir sintomas e imediatamente foi internado.
Já no primeiro dia de internação, 25% do pulmão do professor estava comprometido pelo vírus. Em 12 de abril, o estado se agravou e ele foi intubado.
Apesar de já ter sofrido trombose, ele não tinha comorbidades e treinava diariamente, afirmou Rafael.
Na quinta-feira, ele não resistiu a uma pneumonia e falência de órgãos por causa da covid-19. O corpo foi sepultado no Cemitério da Saudade, em Campinas (SP).
Durante todo o tempo da internação, Rafael organizou rodas de oração e só pensava em seu amado. Eles namoravam há um ano.
"O sonho dele era casar, fazer viagens. Planejávamos realizar a cerimônia de casamento em Cancún, no México, para poucos amigos. Tínhamos uma vida perfeita."
Funcionários do DTA e da UFS lamentaram a partida precoce do professor. Ele foi descrito como uma pessoa simples e cordial.
"Uma pessoa incrível, de coração fantástico", lamentou o amigo João Antonio Belminos Santos, que é chefe do DTA.
A mãe de Álvaro é irmã de Geraldo Bolsonaro, pai do presidente.