O ator João Côrtes falou sobre sua "saída do armário", representatividade e se ele teve medo de perder trabalhos por causa da declaração.
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Questionado se hoje falar sobre sexualidade é um ato de coragem, o carioca de 26 anos afirmou que de certa forma, sim.
"Mas também acho que ninguém deve ser forçado - se não estiver confortável -, a se manifestar sobre sua vida pessoal uma vez que não somos de fato 'pessoas públicas', e sim temos trabalhos públicos. Pessoa pública, me remete quase a uma praça pública, um monumento... Não vejo por aí", disse ao site Quem.
"Eu particularmente, me manifestei justamente porque sei o quanto representatividade é importante, e isso, pra mim, naquele momento foi mais importante que qualquer outra questão. Mas foi um posicionamento pontual, já que considero que o que precisa estar em primeiro plano na mídia é o meu trabalho como ator, cantor, e agora também como cineasta."
João assumiu-se gay no Dia do Orgulho LGBT em junho de 2020 em publicação nas redes sociais.
A reportagem quis saber se ele temeu perder trabalhos por causa da exposição de sua sexualidade.
"Não, o meio artístico sempre pareceu estar alguns passos à frente, de forma geral, no entendimento de que as pessoas deveriam ter a liberdade de ser quem são", respondeu o ator.
Sobre homofobia, ele comentou que no trabalho nunca sofreu.
"Na vida, qualquer olhar torto simplesmente por você ser quem você é, ou se vestir de determinada maneira, considerando gênero e sexualidade claro, pra mim, já pode ser encarado como homofobia."
Em julho, estreou nas plataformas de streaming Nas Mãos de quem Me Leva, sua estreia como diretor e roteirista. O filme fala de uma jovem 22 anos, órfã, e seu percurso para se tornar uma mulher independente.
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