Morreu, na manhã da quinta-feira 26, um dos grandes nomes do teatro e da televisão brasileiros: Ney Latorraca.
O ator estava com 80 anos e internado desde o dia 20 na Clínica São Vicente, na zona sul do Rio de Janeiro.
Ele lutava contra um câncer de próstata e sofreu uma sepse pulmonar.
Segundo o G1, o câncer foi diagnosticado em 2019. Na época, os médicos retiraram sua próstata. Este ano, a doença voltou já com metástase.
Ney deixa o marido, o ator Edi Botelho, com quem era casado há 30 anos.
O artista nasceu em Santos (SP) e iniciou a carreira aos seis anos ao fazer participação em uma radionovela da Record.
Ele cursou a Escola de Arte Dramática (EAD) em São Paulo e estreou em novelas em Beto Rockfeller, da TV Tupi, em 1968.
Em 1975 foi para a TV Globo fazer Escalada. Alguns de seus papéis mais notáveis foram em Estúpido Cupido (1976) e nas minisséries Rabo de Saia (1984) e Memórias de um Gigolô (1986).
Ney interpretou cinco papéis na novela Um Sonho a Mais (1985) e inúmeros personagens no desbravador programa TV Pirata (1988) - o mais famoso deles foi Barbosa.
Em 1991, viveu outro personagem icônico da TV brasileira, o sanguinário e divertido vampiro Vlad em Vamp.
Destacando-se sobretudo em comédias, Ney também fez sucesso em novelas como O Cravo e a Rosa (2000) e Da Cor do Pecado (2004) e na série S.O.S. Emergência (2010).
No teatro, se destacou em várias produções, mas sobretudo em O Mistério de Irma Vap, junto a Marco Nanine e sob direção de Marília Pêra, que entrou para o livro de recordes Guinness como o espetáculo que ficou mais tempo em cartaz no Brasil com o mesmo elenco - entre 1986 e 1997.
No cinema, Ney protagonizou o polêmico beijo gay que move toda a história de O Beijo no Asfalto (1981) e integrou elenco de mais de duas dúzias de produções, como Irma Vap - O Retorno (2006), baseada na peça.
Não há informações sobre o velório e sepultamento.