Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo, perdeu ação que movia contra o MC May, artista que atualmente é trans feminina.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro indeferiu a ação que Anderson impetrou por calúnia e difamação e determinou que o pagodeiro pague os custos advocatícios do processo no valor de R$ 10 mil.
Em fevereiro de 2021, May afirmou que havia sido estuprada por Anderson dois meses antes em quarto de motel. À época, Anderson era uma espécie de empresário do então MC Maylon.
No local, May teria dito que era virgem, recebeu tapas no rosto e depois sofreu penetração sem preservativo ou lubirificante em meio a xingamentos, e teria desmaiado no meio do ato.
Houve revelação que ambos tiveram caso amoroso por oito meses antes do ocorrido. O fato da MC ter sofrido penetração no ato seria prova do estupro. Ela disse que só fazia papel ativo com o pagodeiro e que era virgem no sexo anal receptivo.
Anderson, que é casado com mulher, confirmou, dias depois, que "comeu" o "viadinho". Ao podcast do jornalista Betoh Cascardo, ele disse: "Pensei até que tava apaixonado no cu dele".
Em outra entrevista, o pagodeiro contou que no passado saía com homens por dinheiro, comida ou presentes.
Na decisão, proferida na quinta-feira 14, a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza disse que ainda que as falas imputadas possam ser tida como indelicadas, não traduzem a prática criminosa.
Ela ainda lembrou que o próprio autor da ação, Anderson, fez declarações públicas sobre sua vida íntima, "inclusive práticas sexuais de sua preferência" e que essa exposição (de Maylon ter dito que foi estuprado por ele) não pareceu lhe acarretar qualquer dano.
MC May agora é ativista LGBT e está à frente de 1ª Parada de Santa Margarida, bairro do Rio de Janeiro.
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