A escritora JK Rowling, famosa pela saga Harry Potter, lançou nesta semana livro sobre assassinato de mulher acusada de transfobia.
A obra intitulada "The Ink Black Heart” foi publicada sob o pseudônimo Robert Galbraith. Na trama, a personagem principal é morta após ser apontada como transfóbica e racista na internet por uma piada.
Esse dado levantou onda de comentários nas redes sociais sobre a autora ter se baseado nela mesma para a criação da história, já que há anos ela é considerada inimiga dos direitos trans. A autora defende que o sexo deve se sobrepor ao gênero na definição do que seja mulher.
“E a JK Rowling que escreveu um livro sobre um youtuber que é esfaqueado até a morte por ser acusado de racismo e transfobia e a moral do livro é que ele foi uma vítima da internet e blablabla... essa mulher é completamente maluca”, disse internauta no Twitter.
Em entrevista ao apresentador Graham Norton, a escritora negou que a história seja baseada em sua própria vida e que a elaborou antes de ser acusada de transfobia.
"Eu escrevi o livro antes de certas coisas acontecerem comigo na internet. Eu disse ao meu marido: 'Eu acho que todo mundo vai ver isso como uma resposta ao que aconteceu comigo', mas genuinamente não é", disse.
Além disso, o pseudônimo escolhido por ela há anos e que assina outras obras também já gerou grandes polêmicas, pois Robert Galbraith foi psiquiatra norte americano que ficou conhecido por experimentar a chamada terapia de conversão sexual na década de 1950.
Ele utilizava o método da estimulação cerebral profunda para tentar fazer homens homossexuais se tornarem heterossexuais.
Em 2020, ela negou que tivesse relação com o nome do psiquiatra.
“Escolhi Robert porque é um dos meus nomes masculinos preferidos, porque Robert F. Kennedy é o meu herói, e porque, felizmente, não o tinha usado em nenhuma das personagens da série Harry Potter”, disse.