Do sertão da Paraíba à capital francesa, Camille Cabral terá sua trajetória contada em um documentário.
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Coproduzido pela Canhota Filmes, de Paulo Halm, com a GloboNews e a Globo Filmes, Madame vai contar a história da primeira mulher transexual eleita vereadora em Paris.
Nascida em uma fazenda em Cabaceiras (a 180 Km de João Pessoa), Camille cursou Medicina no Recife, nos anos 1970. Depois, foi para São Paulo estagiar no Hospital das Clínicas.
Na capital paulista, teve sua primeira experiência com identidade feminina, já como médica. Na década seguinte especializou-se em dermatologia em Paris e por lá ficou.
Com dupla cidadania, a médica vinha ao Brasil visitar a família e desembarcava em São Paulo como mulher, mas seguia ao Nordeste como homem.
Em 1993, Camille criou, na capital francesa, a PASTT, entidade que trabalha com assistência social e de saúde entre transexuais, sobretudo das que estão na prostituição. Foi eleita para o mandato de 2001-2005 pelo Partido Verde como vereadora do 17º arrondissement.
O primeiro nome Camille escolheu quando adotou a nacionalidade francesa, na década de 1990. "Queria um nome muito francês, mas refinado", declarou. O sobrenome é de família, que tem tradição na polícia no interior paraibano.