A transexual brasileira Tifanny Abreu conseguiu autorização para disputar a Série A2 do campeonato italiano feminino de vôlei.
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Os fãs do esporte agitaram-se nas redes sociais questionando se a atleta teria vantagens em relação a qualquer rival cisgênero. A resposta é não!
Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), esportistas que nasceram sob o sexo biológico masculino, mas que se identifcam com o feminino, podem competir dentre as mulheres desde que façam tratamento hormonal por 12 meses. O objetivo é reduzir a testosterona (hormônio masculino) a menos de 10 nanomol por litro de sangue.
Ou seja, a entidade máxima de esporte impõe esta medida como a única obrigatória. Nem mesmo a cirurgia de redesignação sexual é necessária para as atletas.
Ao site Saída de Rede, Tifanny, de 32 anos, disse que está dentro das regras. "Tem menina no meu clube com mais testosterona que eu'", disse a jogadora, que atua pelo Golem Software Palmi.
A atleta afirma que após iniciar a transição de gênero, em 2013, seu ataque caiu de 3,50 m para "3,20 m, no máximo 3,25 m agora". De acordo com dados da Federação Internacional de Vôlei (FIV), na Olimpíada do Rio, a brasileira Thaísa, que tem melhor desempenho no país nesse quesito atinge 3,16 m. A italiana Paola Egnu chega a 3,36 m e a chinesa Ting Zhu vai a 3,27 m.
Para efeito de comparação, a seleção brasileira masculina, os opostos (mesma posição de Tifanny) Wallace e Evandro atingem respectivamente 3,44 m e 3,59 m, segundo a entidade.
Pesquisa feita no Providence Portland Medical Center e publicada pelo 'Journal of Sporting Cultures e Identites' em 2015 mostra que medir o nível hormonal mensalmente já é suficiente para provocar uma diminuição na massa muscular e na densidade óssea. "'Não é anatomia que importa e sim os hormônios'", garantiu a autora, Joanna Harper, em entrevista ao jornal The Washington Post.