Manifestantes tentaram celebrar, neste domingo 16, a primeira parada LGBT na Ucrânia desde a invasão da Rússia, em 2022.
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Centenas de pessoas se reuniram debaixo de chuva no centro da capital, Kyev (ou Kyiv), às 10 horas da manhã.
Com cartazes e guarda-chuvas nas cores do arco-íris, os participantes clamavam por lei que puna crimes de ódio, casamento homossexual e mais armas para os militares.
No entanto, segundo o The Guardian, a marcha durou 10 minutos.
Policiais intervieram e escoltaram os manifestantes até estações de trem e de metrô.
Um dos responsáveis pelo evento, Robert Lutsenko, relatou que a polícia alertou que grupos radicais anti-LGBT também estavam organizados na cidade.
"Sempre enfrentamos oposição e violência significativas nos nossos esforços para organizar eventos do orgulho. Muitos homofóbicos acreditam que não deveria ser permitido na Ucrânia que os gays tenham direitos”, disse Lutsenko. "Todos os dias enfrentamos opiniões homofóbicas e protestos contra a forma como vivemos as nossas vidas."
As marchas do orgulho anteriores também foram interrompidas por causa de violência. Em 2015, 10 participantes e vários policiais ficaram feridos após ataque de manifestantes homofóbicos.
A parada deste domingo foi organizada em coordenação com a polícia. Foi escolhido um local próximo a estações de metrô para caso ocorresse ataque aéreo (o país segue sendo atacado pela Rússia) e o endereço exato foi mantido em segredo até horas antes do início da marcha.