Pessoas trans binárias no Brasil são 0,69% da população brasileira, conclui pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Botucatu com base em informações do Datafolha.
Trata-se do primeiro estudo amplo com objetivo de dar dimensão do tamanho do segmento no País. Foram ouvidas seis mil pessoas em 129 municípios de todas as regiões do país. Os dados são de 2018, mas só agora a conclusão foi divulgada.
Para os autores, o levantamento é importante para basear políticas públicas para pessoas trans.
Houve surpresas com alguns dados encontrados, confessou o médico psiquiatra Giancarlo Spizzirri, principal autor da pesquisa.
“Pensei que iríamos encontrar mais diversidade de gênero nas capitais, onde supostamente haveria mais aceitação. Já os dados por região mostram que estes grupos estão homogeneamente distribuídos pelo Brasil, o que mostra que é preciso interiorizar a atenção médica a trans.”
Responsáveis pelo estudo afirmaram que a pesquisa é inédita na América Latina nesse tipo de escopo, que inclui pessoas não-binárias, as quais são, de acordo com o levantamento, 1,19% da população.
Censo nacional no Uruguai feito em 2016 mensurou a quantidade de pessoas trans binárias. Na Colômbia, em 2018, pesquisa levou em conta apenas a população urbana.
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