Algo dificilmente dito e celebrado por ativistas é confirmado em novo relatório mundial sobre as terapias de conversão de LGBT, também conhecidas como "cura gay": o Brasil foi o primeiro país do mundo a vetar essa prática e é ainda o maior e mais populoso dentre os apenas três que fizeram o mesmo.
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O mais amplo estudo sobre o tema foi feito pela principal entidade arco-íris do planeta, a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexos (ILGA).
O pioneirismo brasileiro ocorreu em 1999 com resolução do Conselho Federal de Psicologia, que trata de orientação sexual.
Apenas em 2014, Equador conclui o processo equivalente. Malta, em 2016.
Em 2019, o mesmo CFP vetou a conversão de identidade de gênero. Profissionais de psicologia que defendam ou apliquem essa prática podem até perder o diploma.
As boas notícias acabam aí! O estudo afirma ser urgente que autoridades públicas reconheçam a extrema necessidade de o resto do mundo impedir as terapias de conversão.
Entre a completa falta de veto e as normas exemplares, tal como a brasileira, o relatório "Colocando Limite ao Engano" (em livre tradução para o português) registra situações intermediárias.
No Canadá, Espanha e Estados Unidos, há algumas regiões que impedem aqueles tratamentos. Enquanto isso, na Argentina, Uruguai, Fiji, Nauru e Samoa há condenação indireta.
Além de fazer análise legislativa, a pesquisa mostra formas utilizadas para tentar mudar a orientação sexual e identidade de gênero de indivíduos.
Há descrição de eletrochoque, hipnose, masturbação compulsória, sessões psicológicas, medicamentos, impedimento de ver o próprio corpo e relações sexuais forçadas.