Maior entidade em defesa dos direitos de LGBT dos Estados Unidos, a Human Rights Campaign (HRC) demitiu seu presidente por envolvimento com o caso de assédio do ex-governador de Nova York Andrew Cuomo.
Curta o Guia Gay Salvador no Facebook
Alphonso David foi empossado na HRC dois anos atrás por seu histórico pela luta de direitos LGBT, tal como o casamento homossexual, e por seu status de pioneiro como um homem negro e gay que foi, por anos, chefe do conselho do ex-governador Andrew Cuomo.
Em investigação própria, no entanto, a entidade concluiu que David ajudou Cuomo a responder a alegações por má conduta sexual.
Em meio a denúncias de assédio sexual contra 11 mulheres, Cuomo renunciou em 23 de agosto. Ele estava no cargo desde 2011.
Para a HRC, David violou suas políticas de conflitos de interesse e sua missão como defensor de direitos humanos.
Relatório oficial da polícia de Nova York para apurar o "caso Cuomo" citou o nome de David mais de 30 vezes.
Quando deixou seu posto no governo estadual, David levou arquivos relacionados a uma das mulheres que denunciou o ex-governador, Lindsey Boylan.
Ele, então, entregou os arquivos a importante consultou de Cuomo dois dias depois que Boylan escreveu no Twitter que Cuomo era "um dos maiores abusadores de todos os tempos".
Dias depois, Boylan acusou Cuomo oficialmente de abuso sexual e os arquivos, que tinham estado na posse de David, vazaram para a imprensa na tentativa de minar a credibilidade da mulher.
A entidade afirmou que a conduta de David prejudicou a reputação da HRC e suas perspectivas financeiras e que os danos à reputação do então presidente minaram sua capacidade de liderar a organização.
David alegou que foi obrigado a entregar os documentos e se juntou ao coro que pediu a renúncia do ex-governador.