A suspensão da exposição Queermuseu rendeu multa ao Santander e este valor ajudará a custear a Parada Livre de Porto Alegre entre 2021 e 2023.
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A mostra, que abordava temas de diversidade sexual e de identidade de gênero, foi suspensa um mês após a abertura pelo Santander Cultural, na capital gaúcha, em 2017.
O motivo foram manifestações de grupos conservadores que acusavam o evento de imoralidade e de propagar pedofilia e zoofilia.
A mostra retornou ao público somente um ano depois, mas no Rio de Janeiro.
O banco pagou R$ 400 mil de multa após acordo feito com o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF-RS).
Desse montante, R$ 150 mil irão para a organização da marcha LGBT, divididos em três edições do evento (três anos). O restante será destinado a projetos de direitos humanos.
O uso do valor para a parada foi pedido ao MPF em outubro de 2019 por 18 entidades.
A parada LGBT de Porto Alegre é realizada desde 1997 e é segunda mais antiga do Brasil, junto com a de São Paulo. Ambas ficam atrás apenas da parada do Rio, que começou um ano antes.
Desde 2007, o evento não recebe recursos públicos. Em 2019, foram gastos R$ 60 mil no evento, que reuniu mais de 100 mil pessoas.
Entre o próximo dia 14 e até 5 de março estão abertas inscrições de edital realizado pelo MPF para projetos que receberão mais de R$ 200 mil.
O limite para cada projeto que for selecionado é de R$ 40 mil e eles devem se enquadrar em uma das quatro categorias: defesa de direitos e acesso à Justiça; educação em direitos humanos; memória e liberdade de expressão; e artes.
Os projetos devem ser inscritos no site eusourespeito.com e serem realizados até 15 de dezembro de 2021.