Parada LGBTI de Salvador teve 5 vezes menos policiais que carnaval

Evento arco-íris contou com apenas 400 agentes militares de segurança pública. Participantes sentiram-se vulneráveis

Publicado em 23/09/2017
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Comparação é feita levando em conta o mesmo espaço dos dois eventos

Era para ter sido momento de orgulho e reivindicação, mas a 16ª Parada do Orgulho LGBTI da Bahia, realizada em 10 de setembro, teve muito de insegurança. E onde estava a Polícia Militar para não deixar isso acontecer? Pelos dados obtidos pelo Guia Gay Salvador, a marca nesse ponto foi o oposto: a ausência!

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Enquanto 400 policiais militares atuaram na marcha arco-íris, praticamente cinco vezes mais fizeram a segurança do mesmo espaço - circuito Osmar - no carnaval deste ano: 2.450. Ambos os números são oficiais e fornecidos pelo Governo da Bahia. 

A prefeitura de Salvador não lida com quantitativo apurado de quantas pessoas passam por dia durante a folia pelo circuito (Campo Grande, Avenida Sete de Setembro, Praça Castro Alves e Rua Carlos Gomes). 

Entretanto, os 900 mil participantes da parada LGBTI esperados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que organiza esse evento, enchem as vias da região e lembram muito a multidão carnavalesca em dimensão. 

A insegurança deu o tom da marcha. Em enquete feita pelo Guia Gay Salvador, com 191 participantes, 56% dos presentes na caminhada a qualificaram como violenta e disseram ter sentido medo. 

Como resposta às críticas feitas contra a parada deste ano, o GGB informou que a marcha não terá mais trios elétricos.

Procurada pela reportagem para comentar os números de segurança, a entidade não deu retorno. 


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