Morreu, neste sábado 17, o ativista e fundador da ONG Movimento Gay de Minas (MGM) Marco Trajano.
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Trajano morava em Juiz de Fora, tinha 57 anos e lutava contra complicações do vírus da covid-19.
O falecimento foi informado por Oswaldo Braga, marido de Trajano. O casal foi idealizador do Rainbow Fest, um dos maiores eventos LGBT do País, em Juiz de Fora (MG), e comandou diversas edições da parada LGBT da cidade.
Trajano era referência há décadas no ativismo LGBT mineiro e no País. Ele também era servidor público de carreira e estava lotado na Procuradoria-Geral do Município.
O ativista gay estava internado desde junho na Santa Casa de Misericórdia por causa de infarto. Braga explicou a situação delicada de Trajano.
"Ele seria submetido a uma angioplastia. Quando fez o pré-operatório, detectaram que tinha testado positivo para a covid-19”, explicou ao site Tribuna de Minas.
"Ele continuou intubado, mas faleceu hoje após uma parada cardíaca. Houve falência múltipla de órgãos por uma septicemia. Ele não conseguiu ser vacinado antes de ser internado. Se tivéssemos um serviço mais eficiente, ele poderia ter sobrevivido."
Azilton Viana, integrante do Cellos, entidade organizadora da parada do orgulho LGBT de BH, falou ao Guia Gay sobre a atuação de Trajano.
"Ele juntamente com Oswaldo Braga foram precursores do movimento em Minas. Contribuíram muito para o fortalecimento e constituição de diversas ONG no interior do Estado."
Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB) e decano do movimento LGBT brasileiro, também ressaltou a importância da luta de Trajano para os direitos arco-íris.
"Conheci Marco Trajano nas diversas vezes que fui a Juiz de Fora participar do Rainbow Fest. Marquito sempre foi, ao lado de Oswaldo Braga, a mão direita do MGM. Inteligente, dinâmico, irreverente, amigo dos animais, foi um nosso imprescindível que lutou a vida toda", disse à nossa reportagem.