A prefeitura de Nova York pagará US$ 5,9 milhões (cerca de R$ 32 milhões) à família de uma transexual morta na prisão. Esta é a maior indenização já paga pelo governo da cidade para um caso deste tipo.
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Em junho de 2019, Layleen Xtravaganza Cubilette-Polanco morreu afogada em seu próprio vômito após passar nove dias em uma solitária.
Dominicana-norte-americana, Layleen, de 27 anos, foi presa em abril daquele ano por agressão e mantida sob fiança de US$ 500 por causa de uma prisão anterior, de trabalho sexual, em 2017.
Na prisão de Rikers Island, após supostamente ter entrado em uma briga, Layleen foi enviada para a solitária.
Ao menos um psiquiatra alertou que ela poderia ser ferida e corria risco de morte se não fosse monitorada na cela já que ela tinha histórico de convulsões.
Foi exatamente durante uma convulsão que Layleen se afogou em seu vômito e morreu.
Segundo o site The City, os guardas não cumpriram a determinação da própria instituição carcerária de monitorar presos nestas condições a cada 15 minutos.
Após seis meses de investigação, câmeras mostraram policiais rindo do lado de fora da cela de Layleen e concluiu-se que o trabalho deles não foi executado de forma correta. Ainda assim, o promotor público do Bronx, Darcel D. Clark, recursou-se a apresentar queixa contra os policiais.
A família de Layleen foi à Justiça com ação civil contra os oficiais e a cidade de Nova York.
Em junho deste ano, 17 funcionários do Departamento de Correção de Nova York foram punidos e o prefeito da cidade, Bill de Blasio, divulgou declaração afirmando que a morte de Layleen foi "um momento incrivelmente doloroso para a nossa cidade".
Com a decisão da Justiça pela indenização, o governo municipal não recorreu e acatará o pagamento do valor.
"Este acordo permitirá que a família de Layleen siga em frente sem suportar anos de litígios prolongados e revivendo seu trauma", disse o advogado da família, David Shaniestold.