Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) voltou a ter o mesmo engajamento nas redes sociais que apresentava antes de se assumir gay.
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Levantamento da AP Exata, feito à pedido da revista Veja, mostra que em 30 de julho, um mês depois do "outing" feito no programa Entrevista com Bial, da TV Globo, o político teve 0,3% das menções dentre os presidenciáveis.
Leite disputa com nomes como o governador de São Paulo, João Doria, vaga para concorrer à Presidência da República pelo PSDB em 2022.
Antes de se assumir, o gaúcho tinha 0,2% de menções nas redes sociais.
No dia da entrevista, ele chegou a alcançar 26,8% de todas as menções, à frente de nomes como Luís Inácio Lula da Siva (PT), com 14,3%.
As menções também eram mais positivas (60%) do que negativas (40%).
CEO da AP Exata, Sérgio Denicoli, diz que Leite precisa aproveitar os holofotes voltados para ele.
"Me parece que o governador está muito aquém da estratégia que precisa ter para se tornar realmente relevante nesta pré-campanha", analisou à reportagem.
Para Denicoli, Leite atraiu muitos olhares para si no momento do "outing", mas, logo, foi deixado para trás.
"Ainda está em tempo dele aproveitar esse conhecimento que ele teve, ele era um político muito regional, e agora já tem conhecimento nacional", diz.
Pesquisa realizada em maio pelo DEM mostrou que o governador tem apelo dentre jovens e gaúchos.
Sua imagem é associada à renovação, mudança e "gás/vontade de fazer", mas também é visto como político muito jovem, sem maturidade, "guri de vó" e "cara de riqueza".