Um dos dois únicos deputados federais abertamente gays no País, David Miranda foi eleito um 10 Líderes da Nova Geração no mundo pela revista Time.
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A publicação norte-americana, uma das mais respeitadas do mundo, escolheu 10 nomes que abrem novos caminhos na política, música e esporte, dentre outras áreas.
Miranda aparece ao lado de nomes como a cantora espanhola Rosalía (do hit Con Altura), a atriz norte-americana Tessa Thompson e a adolescente sueca Greta Thunberg, que se tornou uma dos nomes mais ouvidos atualmente em relação à questão climática.
Definido como "representante dos vulneráveis", o deputado federal pelo Psol-RJ tem o perfil traçado na revista, que lembra de sua origem na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro até a chegada a Brasília, para assumir a cadeira deixada vaga pelo ex-deputado Jean Wyllys.
"Estava tremendo. Aquele lugar não foi construído para pessoas como nós", falou Miranda sobre sua sensação ao pegar o microfone pela primeira vez no Congresso.
Ex-vereador pelo Rio de Janeiro, Miranda comenta sobre a também ex-vereadora Marielle Franco (Psol), assassinada em março de 2019. Ele diz que planejava passar o fim de semana com a amiga Marielle, na semana em que ela foi morta.
"As pessoas sempre dizem que Marielle se tornou muito mais influente ao morrer, mas se ela estivesse viva hoje eu garanto que ela seria tão grande quanto", disse. "Ela teria um futuro tão brilhante. Eu preciso levar tudo o que ela fez e seguir em frente."
O deputado revelou que sofreu "centenas" de ameças de morte desde que assumiu cargo no Congresso e que denunciou à polícia. Ele contratou segurança para a família.
Miranda é casado com o jornalista Glenn Greenwald e eles são pais adotivos de dois filhos.
O parlamentar planeja trabalhar em programas para controlar a corrupção e formas de impedir a violência policial e proteger os salários da classe trabalhadora.
Segundo a reportagem, seu primeiro projeto é um projeto de lei para criar educação obrigatória sobre questões LGBT para professores e políticos.
"Eu quero ser uma ferramenta para a democracia. As pessoas que não têm voz devem me usar por qualquer causa que elas quiserem", disse.