O Conselho Federal de Psicologia (CFP) aprovou nova resolução que regulamenta como a categoria deve atuar no atendimento a pessoas transexuais e travestis.
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A norma, aprovada no domingo 17, em assembleia em Brasília, orienta que psicólogos de todo o Brasil não tratem travestilidade e transexualidade como anomalia ou doença.
A nova resolução impedirá o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação contra transexuais e travestis, proibindo os profissionais da área de propor, realizar ou colaborar com eventos ou serviços que busquem terapias conversivas, reversivas, de readequação ou de reorientação de gênero.
Também ficará proibido que psicólogos brasileiros participem de eventos ou serviços que contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias. O texto aprovado entrará em vigora assim que publicado pelo Diário Oficial da União, o que deve ocorrer em janeiro.
Cura gay. A decisão veio dois dias depois da 14ª Vara Federal de Brasília tornar definitiva a liminar provisória que autoriza psicólogos a atenderem pacientes que não aceitem sua homossexualidade. Na prática, a determinação autoriza a "cura gay", o que vai contra a resolução 01/1999 do próprio CFP, que proíbe seus profissionais de oferecerem este tipo de atendimento.