Bolívia tem momento histórico: 1º registro de união civil gay

País ainda não legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo

Publicado em 12/12/2020
Bolívia reconhece casamento gay pela primeira vez
Guido e David: registro foi conseguido dois anos após entrarem com pedido. Foto: Aizar Raldes/AFP

Um dos países mais atrasados em direitos LGBT na América do Sul, a Bolívia reconheceu, pela primeira vez, a união civil de um casal homossexual.

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Na sexta-feira 11, o Serviço de Registro Civil da Bolívia (Sereci) autorizou união entre David Victor Aruquipa Pérez e Guido Alvaro Montaño Durán.

Juntos há 11 anos, Pérez, um empresário de 48 anos, e Durán, um advogado de 45, o casal entrou com pedido de reconhecimento da união em 5 de outubro de 2018.

À época, no entanto, o pedido foi indeferido com base no artigo 63 da Constituição do país que prevê que o casamento seja entre um homem e uma mulher.

Em 10 de fevereiro deste ano, o casal contestou a decisão argumentando que a proibição violava os padrões internacionais de direitos humanos e constituía discriminação segundo a lei local.

Em 3 de julho, a Segunda Corte Constitucional de La Paz emitiu decisão favorável a eles, abrindo precedente para esta questão.

Apesar de possuir legislação que pune discriminação a LGBT, a Bolívia ainda não legalizou o casamento gay, não permite a adoção por casais de mesmo sexo e não proíbe terapias de "cura gay".

Na América do Sul, o casamento homossexual é direito garantido - seja pelo Legislativo ou Judiciário - no Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia, Equador e Guiana Francesa.


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