Morreu. na quarta-feira 6, a ativista trans Loren Alexander. Ela tinha 62 anos.
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Loren estava internada há quatro meses no Hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro, e lutava contra complicações da covid-19.
Ela foi a fundadora da Parada LGBT de Madureira, a segunda maior do Rio, que sai às ruas da zona norte da cidade desde 2000.
A ativista também era presidente do Movimento de Gays, Travestis e Transexuais (MGTT).
Diretor da Aliança Nacional LGBTI+, Claudio Nascimento lamentou a morte da militante e lembrou de sua cobtribuição para a luta dos direitos arco-íris.
"Loren contribuiu de maneira decisiva na visibilidade da comunidade LGBTI dos subúrbios do Rio de Janeiro. Ela participou da primeira Parada do Orgulho LGBTI de Copacabana, em 1995, e contribuiu conosco com o evento até 2000", escreveu o ativista em suas redes sociais.
"Obrigado, Loren por sua contribuição para a nossa luta por cidadania LGBTI e contra a discriminação."
Amigo de Loren, o promoter David Brazil publicou homenagem em seu perfil no Instagram.
"Você cumpriu direitinho seu papel aqui na Terra. Tenho orgulho de você, da nossa amizade", escreveu.
Presidente do Grupo Arco-Íris, entidade que realiza a parada LGBT do Rio de Janeiro, Almir França falou ao Guia Gay sobre a contribuição da ativista.
"Loren foi uma militante extremamente importante, junto com outros membros do Grupo Arco-Íris, fez a primeira parada de Copacabana, a primeira parada do Brasil. Foi uma defensora ferrenha da população LGBT nas periferias, nas favelas. Ela pensou na primeira parada no Brasil feita numa região afastada, fora da área central das grandes metrópoles. Ainda é um marco importante até hoje. E ela não recuava dessa luta. Ela ia à frente mesmo."
O enterro estava marcado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, somente para a família.