Uma nova vacina contra o HIV foi capaz de neutralizar 31% das 208 linhagens do vírus.
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O estudo, publicado na revista Nature Medicine, foi realizado pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, junto a três universidades norte-americanas e o Centro de Biologia Estrutural de Nova York.
O HIV não é vírus simples. O vírus HIV que uma pessoa tem pode não ser igual ao que outra possui - por isso se fala em 208 linhagens ou cepas do vírus.
A vacina se concentrou em anticorpos produzidos pelo próprio organismo que possam neutralizar o vírus. Cerca de metade das pessoas soropositivas produzem os chamados anticorpos "amplamente neutralizantes", mas geralmente apenas vários anos depois de terem sido infectadas.
Segundo o G1, os cientistas identificaram os lugares, ou epítopos do HIV, onde cada anticorpo amplamente neutralizante se liga. A vacina experimental descrita no relatório baseia-se em um destes epítopos chamado peptídeo de fusão do HIV, identificado por cientistas do Niaid em 2016.
Uma pequena seqüência de aminoácidos faz parte do pico na superfície do HIV que o vírus usa para entrar nas células humanas. De acordo com os cientistas, este epítopo é particularmente promissor para uso como vacina porque sua estrutura é a mesma na maioria das variedades do HIV, e porque o sistema imunológico claramente o "vê" e produz uma forte resposta imunológica a ele.
Os pesquisadores testaram a vacina em camundongos para analisar a resposta do sistema imunólogico deles. Posteriormente, usaram a mesma vacina em porquinhos-da-índia e macacos e tiveram sucesso na resposta imunológica.
Um estudo em humanos está previsto para começar no segundo semestre de 2019.