O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) anunciou que o Brasil terá profilaxia pré-exposição ao vírus HIV (Prep) injetável.
Para prevenir a infecção pelo vírus que transmite a aids será utilizado o cabotegravir de ação prolongada.
Serão aplicadas seis injeções ao ano (uma cada dois meses), que se mostraram mais eficazes para a prevenção do que o uso diário de comprimidos - que é o modo utilizado hoje no País.
O público alvo do projeto são os grupos considerados mais vulneráveis à infecção: homens que fazem sexo com homens e mulheres de trans, de 18 a 30 anos.
A coordenação do programa será feita em parceria do instituto com o Ministério da Saúde com financiamento da Unitaid, agência global de saúde ligada à Organização Mundial da Sáude (OMS).
O anúncio foi feito, na sexta-feira 18, durante seminário com a Unitaid no auditório do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).
A nova forma de prep também estará disponível na África do Sul. Lá, no entanto, a injeção intramuscular será aplicada em adolescentes e jovens mulheres, que têm o dobro do índice de contaminação em relação a homens jovens.
A intenção é integrar o cabotegravir aos programas nacionais de saúde de ambos os países. A Prep previne em até 99% a infecção pelo HIV.