A polícia de Uganda prendeu 23 LGBT que desobedeceram ordem presidencial de quarentena por causa da pandemia da Covid-19.
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As pessoas estavam reunidas na Fundação Crianças do Sol de Uganda em Kyengera, que fica nos arredores de Kampala, capital do país, no domingo 29.
O abrigo, voltado a LGBT, possui uma clínica e algumas das pessoas estavam lá recebendo tratamento após ataque homofóbico a um bar gay em Kampala ano passado.
As pessoas foram espancadas e forçadas a fazer uma "caminhada da vergonha" da vila até o posto policial, segundo o 76 Crimes.
Os moradores acusaram quem vivia no abrigo de "atos homossexuais". À BBS TV, alguns disseram frases como "eles andam como meninas" e "eles usam maquiagem".
Outros acusam LGBT de terem levado o novo coronavírus à aldeia como uma "maldição".
Até o prefeito de Kyengera, Hajji Abdu Kiyimba, espancou os detidos.
Era previsto que eles comparecessem ao tribunal, nesta terça-feira 31. Eles são acusados de "ato de negligência por propagar infecção da doença, desobediência à ordem legal e quaisquer outras cobranças que possam surgir de investigações até hoje".
Uganda tem 33 casos confirmados de Covid-19. No país, gays e lésbicas podem ser presos por causa de sua orientação sexual por até sete anos. A pena de morte para homossexuais já foi discutida diversas vezes nos últimos anos no Congresso ugandense.