Só quem tem sabe! Homens com superdote vivem grande incômodo ao ter de usar cuecas padronizadas que não comportam de forma adequada o volume além da média que possuem.
Em Salvador, o problema é tal que gerou solução exclusiva: grife mede o pênis do cliente e faz peça personalizada. Se Deus fez, o ateliê Manba faz caber da melhor forma.
A proposta nasceu do sucesso que as criações do modelista David Daniel tiveram dentre seus amigos, que desejavam tanto algo ousado quanto que se adequasse às suas medidas.
"Os amigos usaram... Outros viram, queriam também. Houve um verão em que as encomendas cresceram e então eu e meu sócio resolvemos criar a marca", explica ao Guia Gay Salvador.
O nome Manba vem da palavra man (que é tanto homem em inglês quando gíria na cidade para falar "cara") com a sigla do Estado (BA).
Os desafios são vários. Um deles, conta David, foi atender um influenciador soteropolitano com 27 cm de dote. O bojo maior foi fruto da medição feita pessoalmente e de conversa com o cliente.
Esse, aliás, é o diferencial da Manba: atendimento personalizado.
"Fazemos desenhos únicos tanto no conceito quanto no desenho para o corpo de cada contratante. A gente oferece o serviço de colhimento de medidas. Se o cliente não puder vir ao ateliê, vamos até ele seja em casa, trabalho, hotel, praia, não importa."
O número de clientes com dotes grandes surpreende David e o alegra (no sentido comercial).
"Veja, é impressionante como a nova geração está bem dotada, viu! Deve ser alguma coisa na água que tomam, só pode! (Risos). Enfim, o fato é que gostamos disso porque aí é mais tecido para comprar e podemos cobrar um valor maior."
Em nome de deixar o cliente bem à vontade, o ateliê tem um mini sex shop e David e a equipe, composta por mais duas pessoas, se colocam disponíveis para conversa sobre sexo e corpo.
Grande na Manba também é a variedade de peças. Há sungas, tangas, shorts, saídas de banho, cueca, thongs e bojo peniano, por exemplo.
O pódio nas vendas é ocupado por algo que pode ser outra surpresa: calcinhas masculinas, procurada principalmente por gays acima de 40 anos. Os mais novos, diz, preferem jockstraps.
O modelista revela que a conversa sobre a razão pela qual o cliente quer a peça ajuda o processo criativo.
"Se querem fazer algo para eles próprios, se é para o namorado, ou até para a esposa. Temos clientes héteros que desejam a peça para agradar as mulheres, que os indicam para nós. Enfim, cada informação é importante para a gente chegar ao produto ideal para a pessoa."
A relação de confiança é tamanha, revela, que muitos clientes voltam ao ateliê ou chamam de novo a equipe em casa para falar como foi a experiência de usar a peça.
"Nisso tudo, acabamos também desenvolvendo o papel de 'personal sexual' dos clientes. Viramos confidentes deles", diz, aos risos, David, que se nega a falar algum detalhe a mais para a reportagem sobre o que já se passou nessas situações. Grandes segredos!