Adepto do sereismo, o carioca Davi Moreira, de 22 anos, ganhou destaque na imprensa internacional.
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O rapaz, vestido com cauda de sereia, foi tema de uma reportagem da Agência France-Presse (AFP), uma das principais do mundo e que distribui conteúdo para milhares de jornais e sites pelo mundo.
À agência, Davi conta que seu estilo de vida é uma maneira de expressar amor e respeito pelo mar e este encontro entre dois mundos. "Quando estou na água, eu me sinto outra pessoa", diz.
O "sereio" revela que sua paixão pelo tema surgiu na infância por causa do filme A Pequena Sereia (1989) da Disney. Sua obsessão por Ariel, a protagonista da animação, se estende pelo seu quarto, com canecas, camisetas, bonecas, todos com a sereia estampada.
Em seu canal no YouTube, "Davi Sereio" fez uma versão gay para a história e diz que sua interesse por "sereismo" é uma resposta a mundo "cruel". "As pessoas riem de mim porque eu sou diferente, mas eu rio porque eles são todos iguais", afirma. "Não estou tentando escapar da realidade, sei perfeitamente como lidar com a vida adulta, mas isso me faz feliz e não estou causando nenhum mal a ninguém."
À reportagem, a precursora do "sereismo" no Brasil, Mirella Ferraz, estima que existam 1 mil aficcionados pelo assunto no Brasil e que os números estão crescendo. Em 2012, quando ela começou a vender caudas de sereias on-line eram apenas 10 interessados por mês e a maioria, mulheres. Hoje, passam de 90 e há muitos homens. Mirella treinou a atriz Isis Valverde, a Ritinha, da novela A Força do Querer, que é adepta deste estilo de vida.
Para os fãs de música pop, "sereios" não são novidade. Lá em 1989 Madonna já dava destaque a eles no clipe de Cherish:
