Justiça condena sugar daddy a pagar indenização a michê

Empresário quebrou acordo com estudante que incluía realização de fetiches on-line

Publicado em 01/10/2024
gay garoto de programa
Caso começou em 2020 e chegou à 2ª instância da Justiça esta semana

A Justiça condenou um empresário de Botucatu (a 235 km de São Paulo) a pagar R$ 2.650 a um garoto de programa após o primeiro quebrar um acordo.

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O empresário teria se prontificado a ser "sugar daddy" - alguém que oferece dinheiro em troca de relacionamento.

A vítima, que vive em Mairinque (a 65 km de São Paulo), alega que ambos se conheceram por meio de aplicativo em 22 de agosto de 2020 fizeram acordo verbal.

Ficou estipulado que o empresário daria R$ 2 mil mensais e um celular no valor de R$ 9 mil para o rapaz estar à disposição dele on-line e realizar fetiches.

"Me chamou no aplicativo e me ofereceu tantas coisas. Fiz tudo que ele [réu] pediu, todos os desejos. Até mesmo expus uma pessoa por chamada de vídeo. Estava à disposição dele o tempo todo. Fiquei muito bravo, desesperado e acabei me frustrando”, disse o estudante, que não quis se identificar, ao G1.

O estudante pediu R$ 15.395 no processo.

A 3ª Vara Cível de Botucatu julgou parcialmente procedente a ação contra o empresário após analisar conversas trocadas entre ambos.

Em sua defesa, o réu afirmou que nunca houve prestação de serviço e que o processo era um "verdadeiro enriquecimento sem causa".

A relatora do casa refutou o argumento apontando que pelas mensagens ficou evidente que parte do serviço consumido ocorreu virtualmente com a vítima se exibindo por chamadas de vídeo.

O empresário recorreu e perdeu de novo. Em decisão publicada na terça-feira 1º, a 35ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação do réu.

 

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