Se você que passava horas se masturbando no X e está agora desolado por conta do bloqueio da rede social no Brasil, imagine como estão os produtores de conteúdo pornô gay que tinham nela uma das maiores plataformas de divulgação do trabalho. Senão a maior!
O Guia Gay falou com vários desses profissionais e o clima geral é de raiva e preocupação enquanto preparam uma saída.
Dono de um dos maiores dotes do pornô gay brasileiro, Timan Power era gigante também no morto (ou habitante do limbo) X, com 950 mil seguidores. Agora, lamenta a situação.
"Estamos sendo muito prejudicados! Muitos dependem do X. Nisso não há justiça porque as contas chegam, temos de pagar."
A solução que tem visto por agora é investir em Instagram, por exemplo. "Mas não será a mesma coisa. No X, a pornografia era livre."
Os grossos 20 cm de Psy Duck faziam bastante sucesso no X, de onde vinham muitos de seus assinantes no Onnowplay e no Privacy.
"Podemos dizer que 60% das assinaturas que eu tinha vinham de lá! O fato é que vou sentir uma queda considerável nos ganhos! Vendo o que farei. Por ora, abri perfil no BlueSky."
Do Distrito Federal, Jesus Sadic é outro exemplo do impacto negativo da insistência do dono do X, Elon Musk, em não respeitar as leis e a Justiça brasileira.
"Era minha principal plataforma de divulgação. Esse bloqueio está interferindo diretamente no trabalho no nosso ramo."
O super daddy Guimarães está apreensivo e aguarda retorno ao cenário anterior. "Espero que esse bloqueio acabe o mais rápido possível para a gente poder trabalhar."
A manutenção do link do X na bio do Instagram demonstra o estado de espírito do grandão e guloso Duque Vix: que a rede social volte a ser permitida no Brasil.
"Twitter era essencial, essencial para a gente. Não pode acabar... Bom, pelo menos eu espero que não! Era o lugar ideal para colocarmos os teasers e chamarmos para as assinaturas. Nas outras redes, o Instagram, por exemplo, não dá de forma alguma para ter essa liberdade de conteúdo."
Astro pornô em ascensão, Jeff Carvalho lembra que o X, onde tinha 51 mil seguidores, não era forma de divulgar o trabalho apenas no Brasil e não só para ter assinantes.
"Era forma de divulgar nosso trabalho mundialmente e até para conhecermos outros criadores e marcar colab. Eu não via como rede social, eu via como ferramenta de trabalho."
O famoso criador bissexual Marcelo Russo viu, de um dia para o outro, sumir seu perfil com 148 mil seguidores no X. Mas, ao contrário de grande parte de seus colegas, não ficou preocupado.
"Via que ali não era uma audiência que convertia em compra. O perfil do usuário do X era de consumir teasers e não de assinar conteúdo."
Essa tranquilidade é conjugada com aposta em outras estratégias de publicização.
"Não há o que temer. Acredito muito na divulgação dentro do próprio Onlyfans, fazendo featuring, e atuar no Instagram e TikTok."
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