Transformista há dez anos, a soteropolitana Valerie O'harah se tornou um dos símbolos da noite gay de Salvador. Em entrevista ao Guia Gay Salvador, a diva dos palcos contou como elabora seus shows, quem a inspira e lamenta o pouco valor dado à arte.
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Com um média de sete shows por semana, de quinta a segunda, Valerie sempre soube que estava destinada ao meio cultural. "Sempre estive envolvido com lances voltados ao lado artístico", revela.
A artista comenta sobre o volume do número de fãs que cresceu nos últimos anos, mas também sobre o pouco reconhecimento da área. "Eu vejo um bom reconhecimento das pessoas por onde passo, porém a arte não é valorizada como deveria ser", diz.
E como cria os números apresentados em lugares como Âncora do Marujo, La Bouche e Caras & Bocas, dentre tantos outros? "Pesquisar é a fórmula de criação do meu trabalho", responde. "Pesquiso pela internet. assisto a vários vídeos no Youtube, assisto a outros shows de artistas que gosto e admiro. E isso cabe também à criação de figurinos. Vejo o que os grandes nomes da moda estão lançando como tendência e vejo o que pode se ajustar à Valerie O'harah".
Com repertório de shows baseado 90% na música brasileira, Valerie destaca quem são seus ídolos. "Daniela Mercury, Maria Bethânia e Beyoncé. Três estilos diferentes, mas que possuem a competência como artistas de terem e verem tudo impecável da forma delas é fantástico", finaliza nossa artista da noite.