As mais de três décadas que se passaram desde a primeira detecção de HIV no Brasil tem trajetória preocupante em Salvador nos últimos anos. Em 2014, houve a maior taxa percentual de HIV dentre homossexuais dos últimos 11 anos (39,5% do total dentre homens). Em 2012 e 2013, foram dois recordes alcançados, aí, no número absoluto de infecções no segmento.
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Os dados disponibilizados na página do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde sobre a capital baiana mostra o oposto quando se avalia a aids dentre homens que se infectaram via sexo heterossexual. Nessa população, há queda: a taxa percentual mais alta foi registrada em 2004 (43,5% do total). Em 2014, último ano com os 12 meses contabilizados, esse índice foi de 35,5%. Dentre bissexuais, os números também são descendentes.
Dentre altas e baixas, o quadro da epidemia dentre homens em Salvador ainda é preocupante de forma geral. O controle de dados do mesmo departamento federal mostra que a taxa de incidência nesse segmento foi de 41,3 por 100 mil habitantes na cidade, valor 49% maior do que a média nacional (27,7).
Procurada pelo Guia Gay Salvadorpara comentar os dados e elencar ações que estejam ou foram desenvolvidas para mudar o grave quadro de infecção de HIV dentre homossexuais, a Secretaria de Saúde municipal não respondeu às perguntas enviadas para a assessoria de imprensa.
No site do órgão, a atualização de informações é inexistente. Conforme mostra imagem abaixo, na seção Vídeos, a citação mais recente a respeito de campanha de DST/Aids é de 2010, antes, portanto, da atual gestão do prefeito ACM Neto (DEM), que se encerra em dezembro.
Na seção da Vigilância Epidemiológica, responsável por agir na questão de aids, o texto a respeito do órgão é da década passada, do ano de 2009.