Na Justiça para ter seu relacionamento com Gugu Liberato reconhecido como união estável. Thiago Salvático falou pela primeira vez à imprensa.
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Formado em Gastronomia e dono de duas sorveterias na Alemanha, onde mora, Salvático contou que recebeu apoio da irmã e do cunhado que foram até a Europa para ajudá-lo a tocar os negócios e dar suporte emocional após a perda do amado.
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Ele diz que sentiu-se obrigado a dar sua versão dos fatos após a petição inicial da ação que impetrou na Justiça vazar na mídia. Nas dezenas de páginas, ele descreve a seu advogado o relacionamento com o apresentador desde o momento em que se conheceram, em novembro de 2011.
Sobre o fato dele não ter sido mencionado no testamento de Gugu, o chef de cozinha explica que o documento foi feito em 2011, antes deles se conhecerem. Salvático pede na ação que seja reconhecido como herdeiro. Segundo ele, desde 2016 havia compromisso entre o casal, o que se traduziria em união estável.
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"O nosso relacionamento só terminou em razão do falecimento dele. A minha pretensão é legítima. Eu tenho a obrigação de defender a nossa relação e a verdade. Apresentei muitos documentos na ação. Também juntei parecer jurídico elaborado pela dra. Maria Berenice Dias, uma das maiores autoridades em direito homoafetivo no Brasil", contou ao colunista Leo Dias, do UOL.
Ele afirma que desde o início Gugu deixou claro que eles precisariam preservar sua imagem. "O que não significa dizer que vivíamos de forma secreta ou escondida. Muito pelo contrário. As pessoas mais próximas ao Gugu, com exceção dos filhos e da mãe dele, me conheciam."
"Gugu era muito reservado. Viajávamos juntos, ficávamos no mesmo quarto, fazíamos as refeições e os passeios juntos", relembra Salvático. "No Brasil, eu também andava ao lado dele e frequentava todas as residências na condição de companheiro. Mas essa decisão de preservar a intimidade o impedia de abordar esse assunto livremente junto aos filhos, ao irmão, à mãe, aos fãs e à imprensa."
O empresário fala que Gugu era bastante diferente daquele que conhecia pela televisão. "Eu brincava com ele: você não é o mesmo cara da TV. Ele sempre ria do meu comentário. Na intimidade ele era divertido e carinhoso, mas, em muitos momentos, ficava sério, reflexivo e preocupado, com coisas como a performance do programa, audiência, patrocinadores, renovação de contratos, como que inovar, negócios, produtora, criação e educação dos filhos, saúde da mãe, etc.", diz.
"A necessidade de preservação da intimidade e da privacidade também contribuía para momentos de angústia e tristeza. Conversávamos muito sobre isso. Quando estávamos juntos, posso declarar com muita tranquilidade e segurança que ele era feliz."