Morreu em São Paulo, aos 36 anos, o policial e influenciador digital transexual Paulo Vaz, o Popo Vaz. Ele era marido do publicitário e também influenciador Pedro HMC.
Suas duas últimas postagens em seu stories do Instagram foram uma tela preta com um endereço no centro de São Paulo e a palavra "perícia" e outra em que escreveu: "E não façam plantão nunca! Só vão te f*der! Virar noite vai f*dendo com a saúde mental".
Popo era mineiro de Belo Horizonte, formado em design e, desde 2017, investigador da Polícia Civil paulista. Ele iniciou sua transição de gênero aos 30 anos, no início de 2016.
Nas redes sociais, especula-se a possibilidade de suicídio, incluindo postagem da Associação Naciional de Travestis e Transexuais (Antra), que lamentou o falecimento.
"Paulo não estará mais entre nós ou em nossos Story falando com aquele sotaque mineiro tão marcante. Infelizmente perdemos mais um de nós que não suportou continuar em uma sociedade tão violenta e desumana", escreveu a entidade.
Amigos também homenagearam Popo. O jornalista Fernando Oliveira, o Fefito, publicou imagens junto ao policial e falou de sua importância para a visibilidade trans.
"Quantos homens trans na polícia você conhece? Tudo o que o Popó tocava era transformado. Tanta gente se encorajou a partir da história dele. Tanta gente ficou feliz com o sorriso dele, com o sotaque mineirin gostoso, com o forrozin dançado apertado, com o jeito com que ele agregava as melhores pessoas. Ao redor do Popó era impossível não ficar feliz e cremosinho, como ele dizia", escreveu.
No fim de semana, Pedro HMC foi um dos nomes mais comentados nas redes dentre LGBT por causa de um vídeo de sexo.
Em seu stories, o influenciador divulgou vídeo fazendo sexo com um homem. Ele apagou o vídeo cerca de meia hora depois, mas a imagem já circulava nas redes sociais. Por causa disso, o relacionamento dele com Popo foi muito comentado e recebeu críticas de muitos e também defesa de outros tantos.