Morto em 2009 após um acidente vascular cerebral (AVC), Clodovil teve algumas passagens de sua vida reveladas pela jornalista Rosana Hermann.
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Em sua conta no Twitter, Rosana contou que trabalhou diversas vezes com o ex-apresentador em várias emissoras de TV, tais como Band, Manchete e Rede Mulher.
"Vocês não têm a menor ideia de quem era Clodovil. Trabalhei anos com ele, frequentei a casa dele em São Paulo e em Ubatuba [litoral norte de São Paulo]. Vocês falam sem saber, sem conviver. Idolatram uma fantasia 'as seen on TV", escreveu a jornalista.
Rosana não fez referência explícita à saída da política do deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), mas foi muito comum ler nas redes sociais, na semana passada, comentários de pessoas louvando Clodovil como um modelo de homossexual a ser seguido, diferentemente de Wyllys.
Uma das passagens mais lamentáveis sobre Clodovil revelada pela jornalista foi um episódio que envolveu um câmera no programa que o apresentador trabalhava na Band.
"Até que vi algo que acabou comigo", relata Rosana, que integrava a equipe da atração. "Clodovil com seu bom gosto (verdade) mandou fazer uniformes especiais para a equipe técnica. Ele cismou com um câmera (não vou dizer o nome) e ficava cantando o cara no estúdio, na frente de todo mundo."
"O cara quietão, na dele, respeitava, não falava nada. Mas o assédio foi aumentando, aumentando. E o cara disse 'não' para o apresentador. Que fez o quê? Pediu a cabeça do câmera que foi demitido. Casado, com três filhos, perdeu o emprego porque disse 'não' para os assédios do apresentador."
Rosana também conta que Clodoviu era cruel com todos "especialmente as pessoas mais simples", que ele gritava e humilhava pessoas da produção, "fazia gente chorar".
"Clodovil destratava todo mundo, fora do ar e no ar. Ele achava que era superior a todos, não era legal com ninguém", lembra a jornalista.
Rosana ainda relata que o apresentador não pagou, por 30 anos os direitos trabalhistas de sua assessora. Quando ela descobriu, o processou e ele precisou vendeu um atelier luxuoso que possuía na região dos Jardins, em São Paulo, para pagar o que a Justiça determinou.
Clodovil, segundo Rosana, era viciado em bingo e perdia todo seu dinheiro no jogo. Inclusive o salário de seus funcionários. Ciente disso, o dono da Rede Mulher, pegava uma parte do seu salário antes de passá-lo ao apresentador para que as pessoas que trabalhavam com ele não passassem fome.
Clodovil foi um dos maiores estilistas brasileiros e, por décadas, apresentou programas na TV em várias emissoras. Seu gênio difícil, segundo sempre se relatou na imprensa, e sua língua ferina, o fazia ser demitido e processado. Quando morreu, Clodovil cumpria, em Brasília, mandato como deputado federal por São Paulo após se eleger pelo PTC e depois ir para o PR.
Rosana tem uma longa trajetória como roteirista e apresentadora. Ela foi redatora de programas, tais como como Pânico na TV (Rede TV!), Sai de Baixo e Domingão do Faustão (ambos na Globo), Glub-Glub e X-Tudo (ambos da TV Cultura/São Paulo) e Programa do Porchat (RecordTV).
passar 1 mês mandando flores pra ela diariamente. (imagine!). Mas, ok, a gente superava. Até que eu VI algo que ACABOU COMIGO. Clodovil, com seu bom gosto (vdd) mandou fazer uniformes especiais para a equipe técnica. Ele cismou com um câmera (não vou dizer o nome) e ficava
— rosana hermann (@rosana) January 27, 2019
cantando o cara no estúdio, na frente de todo mundo. O cara, quietão, na dele, respeitava, não falava nada. Mas o assédio foi aumentando, aumentando. E o cara disse 'não' pro apresentador. Que fez o que? PEDIU A cabeça do câmera que foi DEMITIDO. Casado com 3 fihos. Perdeu o
— rosana hermann (@rosana) January 27, 2019
emprego pq disse 'não' para os assédios do apresentador. O programa estreou com grande sucesso, com a cantora Cláudia num vestido que ele fez pra ela (lindo!) cantando Evita (do musical), tudo um luxo. Mas foi degringolando com o tempo e acabou. Porque ele era CRUEL, com
— rosana hermann (@rosana) January 27, 2019
Clodovil destratava todo mundo, fora no ar e NO AR. Ele achava que era superior a todos, não era legal com ninguém. NEm com a fiel escudeira dele , a I. que trabalhou uns 30 anos com ele até descobrir que ele NUNCA pagou nenhum direito trabalhista pra ela! Quando ela soube,
— rosana hermann (@rosana) January 27, 2019
entrou co processo trabalhista, ganhou. Clodovil teve que vender o atelier lindo que ele tinha na Av. Cidade Jardim para pagar I. quando ela se aposentou. Ele fazia não só GRANDES maldades, mas pequenas, só pra humilhar o outro, como fez com J, que era cabeleireiro dele (e meu).
— rosana hermann (@rosana) January 27, 2019
Clodovil, mas como não as vi nem vivi, deixo pra ele contar. Anos depois fui trabalhar como diretora artistica da REde Mulher e... Clodovil de novo em minha vida. Ele tinha um programa lá. Ganhava MUITO bem. Mas.... ele
— rosana hermann (@rosana) January 27, 2019
torrava todo o salário no BINGO. O dono da emissora sabia que ele era viciado em bingo e `as vezes, pegava parte do salário e pagava os funcionarios da CASA do Clodovil pra eles não passarem fome. Porque Clodovil torrava tudo e nao pagava ninguém. E tem mais...
— rosana hermann (@rosana) January 27, 2019
Ele era adorado como estilista (e era ÓTIMO mesmo) e no interior de SP, Mato Grosso, Goiás, tinha MUITAS clientes ricas do agribusiness. Elas adiantavam MUITA grana pra ele fazer os vestidos das madrinhas. Ele pegava a grana e TORRAVA noa bingo. E ai nao tinha como
— rosana hermann (@rosana) January 27, 2019