A exposição brasileira mais comentada do ano passado está de volta. E novamente enfrenta protestos de conservadores.
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Neste sábado 18, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Zona Sul do Rio de Janeiro, abriu a Queermuseu - Cartografia da Diferença na Arte Brasileira.
Um grupo de 30 pessoas, incluindo militantes do Movimento Brasil Livre (MBL), protestou em frente ao espaço com cartazes.
Ativistas LGBT chegaram a discutir com os manifestantes, a polícia militar foi chamada, mas apenas observou de longe, segundo a Agência Brasil.
Durante discurso de 15 minutos, o curador da mostra, Gaudêncio Fidelis, falou contra censura. "Este momento é da democracia, da gente fazer frente ao obscurantismo. A sociedade brasileira mais progressista reabriu esta exposição, esta possibilidade da gente ter acesso ao conhecimento."
E continuou: "O fascismo não terá espaço e o fundamentalismo, muito menos. O Rio de Janeiro está de parabéns, porque historicamente sempre esteve à frente dos movimentos, da vanguarda da arte e da política. O Rio representa muito bem a diversidade da arte brasileira."
A exposição foi inaugurada em 15 de agosto de 2017 em Porto Alegre e ficaria dois meses em cartaz no espaço Santander Cultural.
Entretanto, após protestos de conservadores, que acusavam a mostra de incentivar a pedolifia e a zoofilia e profanar símbolos cristãos, a instituição a encerrou um mês antes (em 10 de setembro).
No Rio, a exposição é vetada a menores de 14 anos. Jovens entre 14 e 15 anos podem visitá-la, mas apenas se estiverem na companhia dos pais.
A reabertura da mostra foi possível após financiamento coletivo na internet que arrecadou R$ 1.081 milhão de 1.659 pessoas. Ao todo, são 214 obras de 82 artistas. A entrafda é gratuita.