Morreu, nesta segunda-feira 22, aos 80 anos, o cineasta Joel Schumacher. Ele lutava contra um câncer.
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Nascido em Nova York, Schumacher era abertamente gay e declarou, em 2019, que transou com cerca de 20 mil homens em toda sua vida. "Isso não é incomum para um homem gay disponível", justificou.
"Eu fiz sexo com pessoas famosas, fiz sexo com pessoas casadas, e elas vão para o túmulo", afirmou. "Nunca fui de beijar e sair contando quem dividiu a cama comigo."
O diretor contou que na epidemia da aids, ele fez o teste, descobriu-se negativo e passou a se prevenir. Ainda assim, havia riscos.
"Usei camisinha. Mas os preservativos rasgavam. E havia muita droga, muita coisa acontecendo então. Acho que era uma maneira de lidar com a perda de tantas pessoas que eu amava, gostava ou admirava."
Schumacher estreou no cinema com A Incrível Mulher que Encolheu (1981). Dois filmes sobre jovens o levaram à fama, O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas (1985) e Os Garotos Perdidos (1987).
Depois vieram sucessos de bilheteria, tais como Linha Mortal (1990), Tudo por Amor (1991) e Um Dia de Fúria (1993).
São dele duas sequências de Batman bastante criticadas por público e crítica, Batman Eternamente (1995) e Batman & Robin (1997), que colocaram o homem-morcego e seu fiel escudeiro com o figurino mais sexy e gay até hoje.
Pelo último, ele chegou a pedir desculpas anos depois (não pelas roupas, mas pelo roteiro).
Em sua extensa carreira, Schumacher perpassou por vários gêneros, do drama de guerra (Tigerland, 2000) ao musical (O Fantasma da Ópera, 2004) e ao thriller (Número 23, 2007).
Em Ninguém É Perfeito (1999), um de seus melhores trabalhos, a história gira em torno de um segurança homofóbico (Robert de Niro), em reabilitação após um derrame, que tomava aulas de canto com o vizinho gay e drag queen (Philip Seymour Hoffman) e aprendia sobre diversidade.