Foi inaugurado, em Guadalajara, na sexta 28 de outubro, o Museo Memoria LGBTTTIQ+ México. Trata-se do primeiro do gênero no país. A reportagem do Guia Gay visitou o local a poucos dias da abertura.
Curador de arte, Jaime Aurelio Casillas Franco.é um dos idealizadores da iniciativa. Boa parte do acervo, de 37 mil itens, vem de seu sócio,.Jaime Cobian Zamora
A determinação em dar o espaço a LGBT do país é gigantesca. Juntos eles desembolsaram mais de R$ 420 mil de suas próprias economias para abrir o local.
A sede fica em travessa da movimentada Avenida Juárez, uma das principais da cidade, e próxima à área com maior concentração de endereços arco-íris de Guadalajara.
O pequeno espaço, que não cabe nem 1% do acervo, foi aberto com exposição temporária sobre como a imprensa marrom e as publicações de humor trataram a comunidade LGBT.
Aí há muita ligação da aids como algo específico de homossexuais e reforços de estereótipos. Fala-se também das primeiras revistas gays e lésbicas do país.
Ícones da comunidade LGBT são reverenciados no museu, tais como o escritor Luis González de Alba, a poeta Rebeca Uribe e o ator José Mojica.
Outro destaque são materiais de conscientização e prevenção ao HIV que vieram de países a exemplo de França, Estados Unidos e Alemanha.
Enquanto a epidemia de aids se alastrava em meados dos anos 1980, o governo mexicano, aponta Franco, não disponibilizava nenhum material dirigido ao público gay e bissexual, maiores vítimas da doença. Folders e cartazes estrangeiros faziam o papel de alerta para o segmento.
Como exposição fixa, uma das duas salas é dedicada à trajetória arco-íris de Guadalajara - que compõe a terceira maior região metropolitana do país.
Pode-se acompanhar o Museo Memoria LGBTTTIQ+ México pelo Facebook.