Jessica Chastain ganhou a estatueta de melhor atriz no Oscar, no domingo 27, e falou sobre suicídio dentre pessoas da comunidade LGBT.
"Estamos saindo de uma época difícil, muita gente se acha sozinha. Suicídio é uma das maiores causas de morte nos Estados Unidos, vitimou muitas famílias, a minha inclusive. E afeta muitas pessoas da comunidade LGBT. Estamos vendo muita legislação contra essas pessoas", disse a norte-americana ao vencer o prêmio de melhor atriz por Os Olhos de Tammy Faye.
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E prosseguiu: "E Tammy pregava que deveríamos ter amor pelos outros. Para quem se sente sozinho e sem esperança, saiba que você é amado pela sua maneira única de ser."
A atriz fez menção a projetos discriminatórios que têm avançado nos legislativos de vários Estados norte-americanos, como a lei conhecida por "Don't Say Gay", aprovada por deputados da Flórida e que pode proibir que escolas falem de LGBT.
No longa de Michael Showalter, Jessica interpreta a evangélica Tammy Faye Messner, que ficou famosa nos Estados Unidos por comandar um programa de TV, o PTL Club, nos anos 1970 e 1980, além de lançar livros e discos.
A despeito de sua audiência conservadora, Tammy apoiava os gays, inclusive durante a epidemia da aids. Ela entrevistou, em 1985, um paciente homossexual com a doença.
Sobre ter se tornado um ícone gay nos Estados Unidos, ela disse em 2002: "Acho que tenho muito em comum com a população gay porque eles foram ridicularizados, desprezados e incompreendidos e realmente tiveram uma briga difícil na vida",
"Eles se identificam comigo e eu certamente me identifico com o que eles ainda estão passando."
Tammy morreu, aos 65 anos, após batalha de uma década contra o câncer, em 2007.