Neste domingo 5 será realizada a 90ª cerimônia do Oscar. Há personagens LGBT em vários filmes, como A Forma da Água e Ladybird, mas são dois em que o foco recai sobre nossa comunidade: Me Chame pelo Seu Nome e Uma Mulher Fantástica.
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O primeiro, de Luca Guadagnino, disputa os prêmios de filme, ator (Timothée Chalamet), canção e roteiro adaptado, na qual é favorito. Já o segundo, dirigido por Sebastián Lelio, concorre a filme estrangeiro, representando o Chile.
Enquanto não sabemos se a noite terminará mais arco-íris para eles, confira 15 filmes de temática LGBT bem-sucedidos na história do prêmio nos últimos 25 anos. Entre parênteses, o ano em que concorreram e ganharam na Academia:
Moonlight - Sob a Luz do Luar (2017)
O Oscar pode durar mais 400 anos e Moonlightsempre será lembrado como o primeiro filme gay a levar a estatueta principal da noite, de melhor produção. Dividido em três partes, o longa de Barry Jenkins, mostra como pode ser difícil suprimir sua verdadeira orientação sexual. Faturou ainda os prêmios de roteiro adaptado e ator coadjuvante (Mahershala Ali).
A Garota Dinamarquesa (2016)
A história da primeira transexual a se submeter a uma cirurgia de redesignação sexual, Lili Elbe(Eddie Redmayne) é contada no delicado filme de Tom Hooper. Alicia Vikander, como a esposa que está ali para o que der e vier, levou como atriz coadjuvante.
O Jogo da Imitação (2015)
Ele ajudou a salvar milhares de vidas na guerra, mas foi punido com a morte por ser quem era. A história incrível e dolorosa do matemático Alan Turing (Benedict Cumberbatch) é o tema deste longa de Morten Tyldum premiado como melhor roteiro adaptado.
Clube de Compras Dallas (2014)
Um homem hétero que contrai HIV na época em que a doença não tinha cura e faz amizade com uma transexual, também soropositiva, na luta por aumentar a oferta de remédios e tratamentos. O drama de Jean-Marc Vallée faturou três estatuetas: ator (Matthew McConaughey), ator coadjuvante (Jared Leto) e maquiagem.
Milk - A Voz da Igualdade (2009)
Gus Van Sant focou no primeiro gay assumido, Havery Milk (Sean Penn), a ser eleito para um cargo público nos Estados Unidos e que ajudou a fazer a história pelos direitos gays no país, antes de ser assassinado. Oscar de ator para Penn e roteiro original, com direito a discurso emocionante do roteirista Dustin Lance Black.
O Segredo de Brokeback Mountain (2006)
Ainda que tenha perdido a estatueta de melhor filme, para qual era favorito, o longa de Ang Lee é um vitorioso. Foram três prêmios - diretor, roteiro adaptado e trilha sonora - neste clássico da filmografia gay que trata do romance trágico de dois cowboys.
Monster - Desejo Assassino (2004)
Charlize Theron se transfigurou para viver a prostituta Aileen Wuornos, que tinha um relacionamento com a personagem de Christina Ricci, e passa a assaltar e matar seus clientes. Levou para casa o Oscar de melhor atriz.
As Horas (2003)
A homo e a bissexualidade permeiam este filme que deu a Nicole Kidman o Oscar de melhor atriz. Ela vive a poeta Virginia Woolf, bipolar e angustiada, nos anos 1920, enquanto a dona de casa Laura Brown (Julianne Moore) lê os seus livros e sofre por uma paixão pela melhor amiga.
Frida (2003)
A pintora bissexual Frida Kahlo é o tema deste filme de Julie Taymor. Salma Hayek não levou o Oscar de atriz pelo longa que batalhou anos para realizar, mas deixou sua marca na tela ao interpretar a mulher que se tornou um dos maiores nomes das artes do México. O filme ganhou as estatuetas de trilha sonora e maquiagem.
Garotos Não Choram (2000)
História tristíssima e real, mas que não pode ser esquecida. Hilary Swank levou o primeiro Oscar de atriz da carreira ao interpretar Brandon Teena, um homem transexual, que não conta sua verdadeira identidade de gênero à garota por qual se envolve e acaba sendo assassinado por isso.
Tudo Sobre Minha Mãe (2000)
Uma mãe sai em busca do pai de seu filho que acabou de morrer em seus braços em um acidente de carro. Ele cruza continentes até achá-lo já vivendo como uma mulher trans. Mistura de comédia, drama e com pitada de film noir em um dos maiores clássicos do gênio espanhol Pedro Almodóvar. Oscar de melhor filme estrangeiro.
Deuses e Monstros (1999)
Oscar de melhor roteiro adaptado para este longa de Bill Condon que trata dos últimos dias do diretor James Whale (Ian McKellen), que já estava aposentado e ficou famoso por dirigir filmes de terror. Ele se interessa pelo jardineiro bonitão (Brendan Fraser) e o desenha nu. Uma morte encerra o processo.
Priscilla, a Rainha do Deserto (1995)
Muito antes do atual boom das drags, elas já estavam no Oscar. Os exuberantes e originais vestidos e acessórios das personagens garantiram o inesperado prêmio de melhor figurino (que invariavelmente vai para filmes sérios e de época). A história de duas drags e uma transexual que cruzam o deserto australiano quebrou tabus e inspira histórias e artistas até hoje.
Filadélfia (1994)
O primeiro Oscar de melhor ator de Tom Hanks foi neste filme de Jonathan Demme em que ele interpreta um homem demitido da empresa após descobrir ser portador do vírus HIV. A batalha legal que se segue é o foco do filme que tem ainda Antonio Banderas vivendo seu namorado. Foi premiado também com o Oscar de melhor canção.
Traídos pelo Desejo (1993)
Um membro do grupo paramilitar IRA, que lutava para separar a Irlanda do Norte do Reino Unido, cumpre a promessa de ir atrás da namorada de um soldado executado e ver se ela está bem. Em Londres, este homem, Fergus (Stephen Rea) encontra a mulher, Dil (Jaye Davidson) e se envolve com ela, sem saber que ela é transexual. Oscar de roteiro original.
