Na nova versão do boneco assassino mais famoso das telas, Chucky mata pessoas que fazem bullying com seu dono, um jovem homossexual.
Chucky, disponível na plataforma Star+ a partir desta quarta-feira 27, mostra que o brinquedo é comprado numa venda de produtos usados por Jake Wheeler (Zackary Arthur).
Jake é gay e sofre discriminação do pai, que é viúvo, e de colegas da escola.
Na série, Chucky decide proteger o adolescente e inicia sequência de assassinatos contra os valentões do colégio.
Criador da série e homossexual assumido, Don Mancini, de 58 anos, viu a oportunidade como revanche pela sua própria trajetória pessoal.
"Essa série é um grande dedo do meio para os caras que me perseguiam no Ensino Médio", explicou o criador, Don Mancini, de 58 anos, à Folha de S.Paulo.
"Nas minhas redes sociais, onde as pessoas que estudaram comigo estão, eu posso esfregar essa série na cara delas e finalmente dizer ‘ser gay é legal’."
Mancini lembra: "Eu comecei a injetar conteúdo 'queer' na franquia, conscientemente, em 1998, com ‘A Noiva de Chucky’. Claro, eu escrevi um personagem que era abertamente gay para o filme, mas a estética também conversava com um tipo de sensibilidade gay; alguns atores, como a Jennifer Tilly, tinham uma conexão com esse público. O filme foi um sucesso, e eu me senti encorajado a continuar fazendo isso."
"Hoje eu sinto certa responsabilidade, principalmente com essa série, porque eu gosto de dar ao público LGBT jovem, fã de terror, um personagem com o qual possa se identificar —eu não tive isso nos anos 1970 e 1980."
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