5 desafios que '111', novo álbum de Pabllo Vittar, terá de superar

Cantora não pode contar com boates, shows, programas de TV nem videoclipes nos próximos meses

Publicado em 26/03/2020
Pabllo Vittar: 5 desafios de 111, novo lançamento da drag queen
Cantora foi obrigada a antecipar lançamento após '111' vazar

Pabllo Vittar antecipou o lançamento de 111, na terça-feira 24, após algumas das canções vazarem na internet.

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A princípio, a cantora pediu aos fãs não compartilharem o material roubado. E, como sempre ocorre nesses casos, de nada adiantou! A saída foi a única possível: teve de divulgar o disco na íntegra. 

Pabllo tem escala incrivelmente ascendente. Seus lançamentos conquistam cada vez mais público, reverberam nas pistas, rádios, trios elétricos e internet. 

No entanto, estamos em quarentena. O Brasil e o mundo estão parados e atônitos por conta do novo coronavírus. 

O fato está posto: em tempos do número 19, de uma doença, como fazer com que o público, lambuzado em álcool em gel, olhe para o 111?

Selecionamos cinco desafios que a cantora já começou a enfrentar para construir sua nova era.

Sem clima
Uma constatação dura, mas real: o mundo deixou de girar em torno do sol para dar cambalhota ao redor de um vírus. Esse é o assunto das conversas (a distância), da mídia, e até nos grupos de Whatsapp de sexo. Lady Gaga, por exemplo, adiou sabiamente o lançamento de Chromatica em virtude da pandemia. A maioria das pessoas está preocupada agora se lavou a mão direito, como ficará sem poder trabalhar, depressiva por ficar confinada dentro de casa, angustiada com as notícias tenebrosas, com saudade do sexo, dos amigos, da rua, das viagens. Esfregar a calcinha no chão de tanto dançar não está no mood da temporada! 

Sem programas de TV
Pabllo é uma figura solar, colorida, animada e combina muito bem com a TV. Porém, todos os programas de auditório estão cancelados até fim da quarentena, que pode durar até meses. Por causa disso, a cantora não poderá promover as novas músicas no maior veículo de comunicação do Brasil. Essa plataforma é que faria a música dela ir para além dos fãs já conquistados. Era quando sua mãe iria perguntar: "Ah, é dela essa música que você não para de ouvir, filho? Ela é alta, né?" 

Sem pistas de dança
Um dos espaços que mais celebram a música de Pabllo é a pista de dança. Em apenas 16 meses de vida, o Top 30 Gay Brasil - ranking das mais tocadas nas baladas LGBT do País - viu oito músicas de Pabllo emplacarem e quatro delas em primeiro lugar (mais do que qualquer outro artista). O chart está suspenso até as casas noturnas reabrirem. Aquele sentimento pandêmico de querer chegar o fim de semana para dançar a sua música preferida na pista não girará a maçaneta tão cedo. 

Sem shows
Não é de hoje que a maior renda dos cantores vem dos shows, nos quais o contato (palavra proibida agora) com os artistas é direto, visceral, arrebatador. É claro que músicas antigas do repertório são essenciais, mas ouvir a música do momento do seu artista em um show traz conexão única. E seria aí que alguns dos featuringss do álbum poderiam se concretizar visualmente e tomar as redes sociais. Seria! 

Sem videoclipes
Pabllo é uma das artistas brasileiras que mais gostam de fazer videoclipe. Nada daqueles vídeos ao vivo que sertanejos fingem que é clipe. Pabllo capricha: pensa em produção, maquiagem, cenários, se cerca de grandes profissionais. No entanto, só quem gravou algo até começo de março conseguirá lançar algo. Novas produções são impossíveis de realizar no momento. A tela agora é de Maju Coutinho e gráficos de contagiados... Não por Amor de Quenga, infelizmente! 


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