A decisão sobre quem será o próximo governador da Bahia, se ACM Neto (União Brasil) ou Jerônimo (PT), será escolha entre dois candidatos que possuem compromisso com a cidadania LGBT.
A análise dos planos de governo de cada pleiteante mostra haver diversas promessas em diferentes áreas.
ACM Neto pretende expandir para nível estadual iniciativas que, segundo ele, funcionaram em Salvador. Aí é citado o Observatório da Discriminação com o objetivo de produzir dados e análises que facilitem a criação de políticas públicas.
Ainda com a capital como referência, o político pretende abrir centros de referência LGBT, que oferecem assistência jurídica e psicossocial para questões como mudança de nome, saúde, educação e segurança.
O ex-prefeito soteropolitano também pretende criar selos e incentivos para empresas inclusivas.
Na segurança, ele quer criar e capacitar delegacias especializadas para atender ocorrências da comunidade e pretende assegurar transparência nos indicadores estaduais da criminalidade.
Além disso, o candidato quer fortalecer a Política Nacional de Saúde Integral, ampliar o combate ao preconceito no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), nas especialidades, nos programas de treinamento e 182.
No documento, o político afirma que, caso ganhe, a Bahia vai atuar para oferecer serviços humanizados por entender que a falta de acesso e atenção com a saúde do corpo afeta também a saúde mental dos LGBT.
Jerônimo quer institucionalizar a Rede de Proteção e de Promoção de Cidadania, que será responsável pela sistematização de dados, mobilização e pactuação com as redes de garantias de direitos, e efetivação de parcerias com instituições públicas, privadas e da sociedade civil organizada.
Quer-se também promover a formação continuada em respeito a LGBT de profissionais da rede de cuidados e de saúde pública, educação e segurança.
Ainda na saúde, o candidato pretende implementar o Plano Estadual de Saúde Integral da População LGBT para ampliar os serviços dos ambulatórios e de práticas integrativas, complementares e específicas.
Além disso, o plano traz a proposta de fortalecimento dos canais de denúncias e dos meios de atendimento à população.
Sobre empregabilidade, o petista quer fazer políticas de incentivo e fomento à geração de emprego, renda e acesso à malha de políticas de proteção social.
Para a população trans, ele pretende fortalecer a política estadual de cotas para travestis e transexuais na educação pública de ensino técnico-profissionalizante e superior, e estender o sistema de reservas de vagas já existente na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) para as demais instituições de ensino.