A partir do próximo 11 de outubro, a capital japonesa fica mais inclusiva. É quando abrirá na cidade a Pride House (casa do orgulho).
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A iniciativa faz parte da programação da Olimpíada de Tóquio, marcada para o período de 23 de julho a 8 de agosto de 2021.
"Pride House Tóquio visa a educar o mundo e também o Japão sobre as dificuldades que a comunidade LGBTQ tem de praticar e desfrutar de esportes. Também quer ajuda a criar um espaço seguro para a comunidade", afirmaram os administradores da casa, em comunicado divulgado na segunda 7.
Gon Matsunaka, diretor de uma das entidades que ajudou a criar a casa, acredita que o Japão ainda tem um longo caminho a percorrer na defesa dos direitos LGBT.
"Muitas pessoas pensam que o Japão é um defensor dos direitos humanos, mas na verdade não existem leis para proteger as pessoas LGBTQ. A sociedade está repleta de preconceito, discriminação e assédio em relação à comunidade LGBTQ", afirmou.
Esta é a primeira vez que a Pride House terá apoio do Comitê Olímpico Internacional.
Houve tentativa de abri-la durante a Olimpíada de Londres, em 2012, mas apesar de bastante divulgação na mídia, não se conseguiu patrocinadores.
Nos Jogos de Inverno, o centro LGBT estreou em 2010, durante a Olimpíada de Vancouver. Na edição seguinte, a de Sochi, em 2014, a Justiça e o governo russo proibiram a ação alegando que seria "propaganda de orientação sexual", o que é punido pela legislação local.
A Olimpíada de Tóquio deveria ter ocorrido entre 24 de julho e 9 de agosto deste ano, mas foi adiada em um ano por causa da pandemia da covid-19.