Vítima de uma violência brutal que lhe tirou a vida, Dandara dos Santos é tema do web documentário O Martírio de Dandara, realizado pelo jornal O Estado de Minas.
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No filme, com texto de Flávia Ayer e vídeo de Fred Bottrel, a mãe de Dandara conta sobre o dia em que pegou a travesti dançando uma música da Gretchen e que não aceitava a transexualidade da filha - que ela chama de homossexual, confusão comum dentre muitas pessoas.
A mãe afirma que tentava orientá-la e orava a Deus [para deixar de ser transexual]. "A Dandara dizia assim, 'mãe, a senhora nunca percebeu? Eu já nasci garota'. Era desse jeito que ele respondia", conta a mãe, que trata Dandara o tempo todo com pronomes masculinos.
Os entrevistados relembram o envolvimento de Dandara com as drogas, as viagens para São Paulo e Rio, onde ela teria contraído HIV, e a prostituição. No dia da morte, a mãe diz que a travesti subiu na garupa de uma moto e avisou a irmã que se tratava de um cliente.
Dandara, de 42 anos, foi assassinada a chutes, socos e pauladas na cabeça em 15 de fevereiro, em Fortaleza. O vídeo com cenas da violência realizado pelos seus assassinos caiu na web há duas semanas e tornou sua morte um dos assuntos mais comentados no País.
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará já prendeu oito suspeitos no envolvimento na morte de Dandara, quatro deles são menores de idade.
Assista ao filme: