Notório crítico à comunidade LGBT, o primeiro-ministro da Hungria voltou a abordar as minorias por causa do lançamento de um livro infantil.
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À uma rádio pública do país, no domingo 4, Viktor Orban comentou: "A Hungria tem leis sobre a homossexualidade que são baseadas em uma perspectiva excepcionalmente tolerante e paciente".
E continuou: "Mas há uma linha vermelha que não deve ser cruzada. Para resumir minha opinião: deixem nossos filhos em paz".
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A razão dos comentários é um livro recém-lançado por uma entidade LGBT local.
Na obra, personagens de contos de fadas foram reinterpretados: Cinderela, por exemplo, é lésbica, já uma matadora de dragões, transgênero.
Tamas Dombos, da principal associação LGBT húngara, Hatter Society, falou à Agência France-Presse.
"Agora que o medo dos migrantes, ou da pandemia, não é suficiente para mobilizar os eleitores, é a comunidade LGTBQI que o poder designa como bode expiatório", lamentou.
"A mídia pública costuma se referir à homossexualidade como uma doença. Os funcionários do governo nunca condenaram os ataques contra LGTBQI, e a polícia não propõe proteção adequada."